A Estagiária – 7

-OK. – Riu, pegando a xícara. Ele esfriou por um momento, e bebeu um pouco. Ergueu sua sobrancelha. – Está realmente muito bom.
-Eu sei.
Dei de ombros, saindo da sala e sorrindo.
Ainda peguei Thomas rindo e balançando a cabeça, ao sair da sala e me sentar no box de Camille.
-Ficou muito bom, Hanna. Vai acabar roubando minha tarefa.. – Ela disse, colocando sua xícara em cima da mesa depois de tomar outro gole do café.
-Tem problema? Porque é a unica coisa que sei fazer direito: café. – nós duas rimos.
-Fique a vontade. Quanto mais cedo voce achar coisas para fazer, que voce queira, melhor!
-Ok entao.
-Ahn.. Hanna? – De repente, Chris chegou perto, me chamando.
-Sim?
-Tem como voce me ajudar, rapidinho?
Olhei para Camille, só para confirmar, e ela assentiu, balançando a cabeça e me deixando ir.
-Do que voce precisa? – perguntei, me levantando e caminhando com ele até o fim do corredor.
-Eu preciso passar um texto para o computador, só que está a mao. Tem como eu ditar e voce ir digitando? Se importa?
-Nao, claro que nao. Sem problemas. – Disse eu, entrando em sua sala e sentando-me na cadeira ao lado da sua.
Sentei-me ao lado de Chris e começamos o trabalho. Ajudei-o até quase seis da tarde, quando Thomas entrou em sua sala, dizendo:
-Hanna, aí está voce! Estava te procurando.
-Eu estava, hum, ajudando o Chris a terminar de passar a limpo um texto.
-Certo. Sem problemas. Só queria te avisar que voce ja está liberada.
-Liberada?
-É, pode ir para a casa.
-Por que?
-Ué. – Thomas riu, me olhando. – Tem uma hora que todos vao para casa, apos o trabalho, certo? Entao, sua hora chegou, ué. Quer ficar aqui até que horas?
-Ah, duh, claro. – Levantei-me, me sentindo mais estupida que nunca. – Claro. Obrigada.
-Nada. Esteja aqui amanha as oito e meia em ponto. OK?
-Claro.
Passei por ele, sorrindo, me despedi de Camille e saí do escritório.
Antes de ligar o carro, dei uma olhada no meu celular e encontrei duas mensagens de Tina:
E aí? Como foi?” – ela havia mandado de manhã.
“Sua puta, me responde! Aposto que ja está transando com o chefe, né?” – e essa, na hora do almoço.
Ri, sozinha.
Oi, amiga! Eu saí agora. Foi bom! Estou em treinamento, apenas fiz o básico e conheci o pessoal hoje. Foi muito bom. E nao, nao estou transando com ninguem, nao“. – Enviei para ela, antes de ligar o carro e sair do estacionamento com um pensamento sujo na mente: por enquanto.

Cheguei em casa encontrando a bagunça na pia que era pra ser arrumada a noite e a bagunça de roupa em cima da cama e até no chão de quando me arrumava. Joguei minha bolsa em cima do sofá e fui tomar um banho quente pra relaxar.
Ainda de toalha no corpo e no cabelo, sentei na minha cama com o notebook no colo após colocar roupa de Tina pra bater.
Li meus e-mails, apaguei alguns, dei uma olhada no facebook (que quase não olho pelo celular), e já tinha recebido solicitações de amizade de algumas pessoas do trabalho.
Desci um pouco pelo meu feed até finalmente me trocar, colocando um pijama leve, velho e confortável antes de dobrar todas as roupas que deixei jogadas e em seguida lavar as louças.
– Puta que pariu, que fome – falei para mim mesma, ciente que eu não tinha nada pra comer nem energia pra tentar cozinhar.

Com as mãos na cintura, olhei em volta da cozinha tentando pensar em algo quando meu olhar cai no imã de geladeira que diz “SpicyPizza”. Meu estômago grunhiu. Ah, sim, pizza.

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